Num momento de lucidez eu me dei conta que tudo o que dizia era algo que fugia do que é aquilo que posso dizer: criava odes às velhas, pois não mais estão aqui e por isso são elevadas, mas às novas é que são elas, pois muitos são d’velhas. Quando expresso minha opinião pró-novas não expresso um contra-velhas, afinal, elas vieram e fizeram o que tinham o que fazer, mas elas já foram as boas novas, mas agora perderam as boas e ficaram velhas, e qual jornalista vive de velhicidades?
Sou mais uma novinha, recém feita mesmo, daquelas que ainda cheiram ao maquinário preparatório, daquelas que a gente pega e até sente um alívio por ter sempre algo mais bacana, mais bem preparado. E quem diz que cada vez mais o menos prevalece, peço que mantenha sua opinião mortuária para si mesmo, e ainda um grato pela compreensão.
Se for pra viver das velhas, das mortas, das passadas e das já usadas, não fale então de esperança ou fé, pois se não tiver fé nos homens, terás em quem?
E falo com você, você que já disse não a uma nova apenas por ser nova, e que vangloriou aquela velha, apenas por ser velha. Vou te contar uma verdade: as pessoas/coisas não melhoram quando morrem/acabam, elas até poderão ser lembradas como tal, porém isso será um engrandecimento póstumo, visto que aquilo não será mais do que foi um dia.
Um ode às novas não representa uma aversão às velhas, mas sim uma defesa.
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