quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dexter

Se você me perguntasse a uns quatro meses atrás qual a minha série favorita, eu te diria "estou entre The Big Bang Theory e Supernatural" mas hoje eu te respondo sem pestanejar "DEXTER". A série mostra a vida de um psicopata serial killer que mata pessoas que "merecem" morrer.
O cara, Dexter Morgan trabalha na polícia, estudando padrões de despejo de sangue em cenas de crimes, isso o ajuda a encobrir a série de crimes que comete. Acho muito legal as cenas em quem o dexter tem que interagir com as pessoas e forjar sentimentos, ele sempra coisas que deixariam qualquer um com medo dele.
A introdução de cada episódio é a melhor que já vi, tenho a sensação que para ele, matar pessoas é tão comum como escovar os dentes, por o sapato ou fazer a barba (quem assiste me entenderá).
Outro ponto interessante é a trilha sonora, quando o Dexter está matando alguém ou vendo a cena de um crime, a música costuma ser uma música latina, como aquelas que nós as vezes nos pegamos cantarolando, nos nossos momentos de mais profundo devaneio. Toda a série se passa em Miami, Flórida, um lugar repleto de latinos, cerca de 73% da população é latina, mutios dos casos envolvem cubanos (que são maioria, cerca de 40% da população) ou mexicanos.
Vejo que na série, muitas das ações da personagem são puramente animais, instintivas, como a forma como ele come, cena bem focada na abertura, com uma vontade tão intensa, como se estivesse comendo para sobreviver, e não para apreciar a comida.
Num ponto de vista geral e também ampliado, a série é interessante e engraçada, mostrando a história de um ponto de vista diferente, onde o maior vilão é a personagem principal. Assistam e deleitem-se.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Essa é mais uma para a Ieda

Ieda,

Como era de se esperar, não gostei do livro que você me indicou,(o casaco de marx) para falar bem a verdade, não fui com o jeito que o autor o escreveu, além de achar lento, achei que ele faz muitas pausas gráficas, enfiando vírgulas aqui, alí, lá, aqui de novo. Isso tornou o livro meio, sei lá.
Além disso, ele trata de memória com uma melancolia tão grande que foge do verdadeiro sentido de memória para pessoas reais na vida real, ele se prendeu tanto em trechos da literatura, em sua maioria, inglesa, que esqueceu que as pessoas reais não são daquele jeito. Não sei, não gostei, nem quis terminar de ler, quando ele chegou na parte de marx eu pensei "leio essa parte e parto para outro, mas não gostei das ideias dele, acho que marx não é comigo, definitivamente, parei na metade e ainda falei "Ufa, me livrei deste". Sacomé, né, nada contra marx, mas não estou nada a fim de lê-lo agora. Eu lia o livro e dava risada da cara do autor por ele escrever esse tipo de coisa. Tá bom, eu sei que o sentimento que a memória causa nas pessoas pode ser variado, mas mesmo assim, não gostei do jeito que esse sentimento apareceu para o autor.
Já quanto ao livro "caim" do Saramago, Ah, esse eu adorei, me deleitei em ver a forma como o saramago põe ciência na religião, pondo apenas os pontos que convém para a história dele. Além disso, Saramago põe a figura de Deus de uma maneira tão humanizada que me impressiona alguma gráfica ter impresso essa obra. Deus deixa de ser oni-tudo para ser apenas um farsante, que age por vontade egoísta e unicamente sua.
Estou rindo bastante com a história do Zé, gostei, como todos as outras histórias dele, desde contos até os livros que li, obrigado pelo livro. Ainda hei de te retribuir.

Saudades

Saudades é um sentimento que não é na verdade um sentimento, ele é apenas um nome que deram para um conjunto de sensações que temos quando nos damos conta que o período em questão poderia ser melhor aproveitado caso certa pessoa estivesse conosco.
Usando eu mesmo como exemplo, duvido que alguém consiga ter saudades em tempo integral de alguém, pensar nela com anseio a cada segundo que respira, cada segundo que sente algo. Não descarto a hipótese de pessoas sentirem isso em determinados momentos, mas não o tempo todo, como dizem os hipócritas, que são muitos.
Para mim, saudade é algo complicado de lidar, pois cresci e vivo em um mundo onde pessoas falam com tanta frequência que estão com saudades de outras e eu raras vezes sinto isso, talvez seja por insensibilidade, talvez seja por frieza minha, o fato é que não sinto saudades com a frequencia que as pessoas dizem ter.
Sinto agora saudades de uma amiga minha, já citada aqui, a Ieda em alguns momentos seria uma pessoa que tornaria alguns dos meus momentos melhores aproveitados, já me peguei várias vezes revirando minha agenda telefônica procurando um "Ieda" qualquer que me salvasse, mas nada, tenho é que continuar com os pensamentos de "Se a Ieda estivesse aqui" ou "Gostaria de falar com a Ieda agora, muito". Acho que é porque terminei de ler um livro que ela me emprestou e agora leio outro que ela me deu, seus nomes são "O casaco de marx" e "Caim", o primeiro é de um autor que não me lembro e o outro é do recém-falecido José Saramago.
Muitas vezes, ao ler os livros, me deparo com pensamentos que gostaria de dividir, mas não posso pois a Ieda não me deixou com o número de celular dela, espero como um tolo por uma chamada dela, mas sei que isso não vai acontecer, nunca aconteceu, porque haveria de acontecer agora? Entro no msn e logo escrevo "iedapicon" na barra de pesquisa, mas o quadradinho está cinza, ao invés de verde como eu gostaria que estivesse.
Será que é falta isso o que eu sinto? Será que é necessidade? Ou apenas uma vontade singela de dividir minhas inexperientes reflexoes? É uma pena que a falta e a vontade de tê-la do meu lado não é recíproca, é realmente uma pena, mas a vida é quase um travesseiro, de tanta pena que a enche.
Schopenhauer agora diria "Você sabia, desde o início que o fim chegaria e que toda essa vontade viria" e eu o respondo "Sim, sabia, mas valeu enquanto durou, tudo foi bom e bem aproveitado, nada seria mudado. E você, Schopen, cale-se, pois você também sabia que uma menina nova como ela nunca iria querer nada com você, você amargurou a sua própria vida" mas esse diálogo demoraria horas, não pretendo imprimi-lo aqui por completo.
Viram? Enquanto Schopenhauer me ocupava a cabeça com suas amilações, a Ieda fugiu dela com uma fugacidade tamanha que nem reparei, reparei depois que fui ler o que estava escrevendo, ou devaneando, melhor dizendo. A saudade é isso, uma passagem para outras terras, onde o destino é aquilo que se deseja, seja isso uma pessoa, um lugar, um objeto ou um animal. A saudade é apenas uma criação nossa, pois sempre soubemos que um dia isso iria acontecer, mas mesmo assim, escolhemos passar por isso.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Gosto na boca

Gosto de escrever, sempre gostei, vontade é o que sempre me faltou. Terminei a escola, sou formado agora, sinto-me livre e preparado para algo novo, espero que tudo venha no tempo que deve vir.

Pequenas informações sobre mim: Sou Schopenhauriano ferrenho, não me traga Nietzsche e nem Kant, Epícuro nem de graça! Adoro Filosofia, isso eu não trago do berço, mas trago sim o desejo por saber, e na filosofia me encontrei. Ieda, obrigado, agora estou pronto para andar com minhas pernas, você me preparou e me indicou um caminho, agora eu tenho em vc as minhas paredes, mas o chão mudou, agora ele é só meu.
Gosto de música, quase qualquer uma, digo quase mas na verdade quero dizer musicas seletas, sou chato para esse tema, melhor dizendo, sou chato em todos os pontos de vista e pontos cegos também. Não ligo, Schopenhauer me fez assim, mas há males que vem para o bem, ou não.
Gosto de ler, não-ficção, contos e crônicas são meus preferidos, não gosto de nada do período romantista, sério, acho uma falta do que fazer.
Gosto de criticar, xingar, twittar, falar, jogar, ouvir, criar, imaginar. Gosto de algumas poucas pessoas, mas finjo que gosto de muitas.


Informações dadas, vamos ao fatos relevantes: O Taste in the mouth não é nada mais que só mais um blog de coisas avulsas e soltas na rede, pensamentos e textos, críticas e coisas muito mal feitas. Não peço comentários ou muitas visitas, peço que entre se julgar necessário, se buscar um conhecimentozinho a mais, já que tudo é válido quando se trata de sapiência.
Venha e tente me entender, se conseguir, me liga.
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Este trabalho de Rafael Trocatti, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.